O ato de comprar um produto ou serviço levando em conta o propósito da marca, a causa que ela apoia e como ela se posiciona deixou de ser tendência para se tornar um comportamento corriqueiro. De acordo o estudo global Edelman Earned Brand 2018, 69% dos brasileiros abrem suas carteiras baseados na posição de empresas sobre questões relevantes para a sociedade. Se antes ganhava forma entre os mais jovens e de classes sociais mais privilegiadas, a realidade já alcança todas as faixas etárias e de renda no País. A pesquisa revela que 60% dos entrevistados com 55 anos ou mais e 72% dos consumidores com renda média no País já compram por convicção, representando um crescimento de 21 e 16 pontos percentuais, respectivamente. 

Diante disso, é cada vez mais comum marcas de diferentes portes assumirem um propósito e entrarem em conversas a respeito do tema, gerando conteúdos relevantes, dos mais suaves aos mais polêmicos, a seus públicos. Como exemplos temos desde a pequena grife brasileira Insecta, de sapatos veganos e atitudes sustentáveis, quanto a gigante norte-americana Nike, que se arrisca a trazer para o centro do debate temas controversos e ainda faturar com isso. Quem não se lembra da campanha Dream Crazy com o jogador de futebol americano Colin Kaepernick que, em 2016, como protesto contra o racismo e a injustiça social nos Estados Unidos, se ajoelhou durante o hino nacional norte-americano? Se de um lado teve gente queimando tênis e rasgando meias, de outro as vendas subiram 31% nos dois dias em que a polêmica era mais intensa. A Nike identificou que seu público era jovem, urbano e defensor da diversidade e assumiu o risco de forma calculada. 

Chegamos ao ponto em que a discussão não é mais sobre se uma empresa deve se posicionar, e sim como fazer isso de forma efetiva para atingir seus públicos da melhor maneira. Antes de considerar abraçar e comunicar uma causa, é preciso ter em mente 5 pontos. Assista: