Em junho, é comemorado o "Mês do Orgulho” para a comunidade LGBTQIA+. Mas, mais do que sair às ruas vestindo roupas coloridas atrás de trios elétricos, a data existe para nos lembrar de uma grande injustiça que abriu espaço para o início de uma revolução quando o assunto é Diversidade e Inclusão. No fim dos anos 60, aconteceu a revolta de Stonewall, nos Estados Unidos, quando violentas represálias do Estado levaram gays, lésbicas, transsexuais e aliados às ruas de Nova York em prol de direitos equalitários e respeito para todos. Desde então, movimentos de força e resistência foram cruciais para que as bandeiras do arco-íris fossem hasteadas, festas e paradas fossem organizadas, e, principalmente, que o mundo corporativo entendesse que pessoas LGBTQIA+ fazem a diferença nos ambientes de trabalho. 

Mas, afinal, o que é Orgulho? De acordo com o dicionário, é um substantivo masculino que remete a um sentimento de prazer e à satisfação com o próprio valor e com a própria honra. Para a Comunidade, Orgulho é poder ser quem somos e ter a consciência de que valores e caráter não se baseiam em orientação sexual. Mais do que isso, Orgulho é sentir confortável consigo mesmo.  
Também é existir em um dos países mais perigosos para pessoas LGBTIA+. Orgulho também é uma resposta ao grito inflamado de toda uma comunidade que clama por seus direitos – somente há pouco mais de 30 anos que a homossexualidade foi excluída da lista de doenças mentais da OMS (Organização Mundial da Saúde) e há apenas 8 anos que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi viabilizado pelo Supremo Tribunal Federal no Brasil. Ou seja: mesmo com uma longa trajetória de resistência, o caminho percorrido ainda é curto e há muito a ser conquistado. 

Como uma ciência viva, a Comunicação tem o seu papel: o de não acontecer de forma pontual e nichada, mas de modo frequente e abrangente, pois só assim irá informar as pessoas e mudar a opinião pública. Empresas e marcas, com o apoio consultivo de suas agências de Comunicação, devem atuar com seus públicos internos e externos de forma construtiva, para que a diversidade seja fomentada e implementada. E isso vai desde o acolhimento de talentos por toda a equipe até a construção de uma agenda diversa e inclusiva, por meio de iniciativas concretas ao longo de todo ano: em uma construção diária de impacto social real nas comunidades.   

Em geral, os resultados de movimentos culturais dessa magnitude não chegam de um dia para o outro, mas os esforços não podem ser deixados de lado ou considerados apenas no mês de junho, pois não é assim que a narrativa se constrói. A Comunidade clama por visibilidade de janeiro a janeiro – e, como comunicadores, é nosso papel transformar necessidades em realidades, tornando a Diversidade e a Inclusão algo cada vez mais palpável dentro das instituições e nas engrenagens das sociedades. Afinal, quando o resultado chega, ele muda culturas e gera a confiança em instituições, empresas, marcas e indivíduos. Vamos juntos? 

EdelMais é o grupo de Diversidade, Equidade e Inclusão da Edelman Brasil.